9.4.08

Um sábado de Rock'n Roll

por Fábio Santos

No último sábado, dia 5 de abril, compareci ao Estádio do Palestra Itália para assistir ao show do lendário Ozzy Osbourne, um ícone do Heavy Metal e do puro e simples Rock'n Roll.

Para falar a verdade, decidi ir ao show apenas no dia, pois as últimas notícias do cantor davam conta de que a carreira dele estava quase no fim, por causa dos prolongados anos de uso de drogas. No entanto, ao ver a repercussão do show no Rio de Janeiro, dia 03, fiquei instigado a ver como o antigo líder do Black Sabbath se comportaria no palco e, de fato, não me arrependi da escolha.

Ao chegar ao Paque Antártica ainda encontrei ingressos. Consegui um bom lugar na pista, no meio dos fãs. Naquela noite, além da apresentação do Ozzy Osboune, o público pode presenciar os shows das bandas Black Label Society e Korn. As duas bandas conseguiram levantar os presentes, e ao final das apresentações, um clima de ansiedade caiu sobre o estádio que, durante longos minutos, esperou apreensivo pela entrada da estrela da noite.

Antes de subir ao palco, Ozzy provocou o público dos bastidores ao gritar no microfone a melodia "Olê Olê Olê", que foi respondida prontamente pela platéia "Ozzy!, Ozzy!". Foi neste clima que o show começou, com um vídeo hilário satirizando algumas séries e filmes como "Lost", "A família Soprano" e "A Rainha", onde o músico incorporava alguns dos papéis principais.

Após a brincadeira, chegou a hora do show. Assim, o cantor britânico entrou no palco por volta das 22:00 e incendiou o público com "I don't wanna stop". A apresentação de 1 hora e 40 minutos foi baseada em quatro momentos de sua carreira: os discos "Blizzard of Ozz" (1980), "Bark at the moon" (1983), "No more tears" (1991), o mais recente "Black rain" (2007), além de clássicos do Black Sabbath.

Apesar de seus 59 anos de idade, o cantor mostrou vigor no palco e conseguiu dar conta do recado. Interagindo com a o público o tempo todo, ele fez questão de distribuir vários baldes d'água para os fãs que conseguiram ficar mais próximos do roqueiro.
O Show teve tudo o que podemos esperar de uma bela noite de Heavy Metal. Público alucinado, bandas tocando sem parar, guitarristas empolgados em solos e uma dose de insanidade do guitarrista Zakk Wylde, que cortou a mão durante o último show e continuou a tocar até o final, tingindo sua guitarra de vermelho, mas sem deixar o som parar.

Após clássicos como "No more tears", "Mr Crowley", "Mama, I'm coming home" e "Iron Man", Ozzy encerrou a noite com o clássico do Black Sabbath, "Paranoid". Quando o relógio batia meia noite, o cantor deixou o palco, apesar do público implorar por mais músicas. Ao final da apresentação, senti minha alma purificada e algumas dores no corpo. Afinal, não é sempre que se vai a um show, com quase cinco horas de puro rock. Fico com a sensação de dever cumprido, pois a volta do cantor para nova apresentação é uma incógnita, pois nunca se sabe o que ele poderá aprontar nos próximos anos e se sua saúde irá suportar novas turnês. O que seria uma pena para os fãs do rock clássico, que estão vendo seus ídolos sumindo aos poucos e sendo substituídos por astros artificiais criados pela mídia.

1 comentários:

Sex And The Rock disse...

Grande Ozzy!!! Um dos grandes responsaveis pelo heavy metal de hoje! Foi ele que junto ao Black Sabbath influenciou toda a geração de bandas que vieram depois, e claro, continua influenciando!
Infelizmente eu perdi o show, mas que deve ter sido um puta show, não tenho duvidas!!!

Stay Heavy! \m/