25.4.08

Rumo à capital mundial da pirataria

Brasil está entre os dez maiores produtores de artigos falsificados no planeta. E esse número está aumentando.

por Ton Torres

“Copiar, reproduzir e distribuir CDs, DVDs, softwares ou qualquer outro tipo de produto sem a conscientização dos autores e a autorização das empresas é uma prática nociva e ilegal, que resultará no fim da cultural artística musical, literária, científica e tecnológica. Pirataria é crime”.

Segundo o sociólogo Diogo Maciel, essa era a definição básica de pirataria no Brasil há 10 anos, por volta de 1997, quando a falsificação de produtos pulou de 3% do total de itens vendidos para 59%, índices que colocaram o país entre os dez maiores produtores de pirataria no planeta.

Hoje, no Brasil, segundo dados da Associação Internacional da Indústria Discográfica, de cada dez CDs vendidos, pelo menos a metade é falsificada. Somente em 2005, os brasileiros fizeram mais de 1 bilhão de downloads de músicas de maneira ilícita.

“A maneira ilegal com que os usuários baixam as músicas não é literalmente ilegal”, afirma o sociólogo. “Não somos produtores de tecnologia nem de softwares que realizem esse serviço. Entretanto, somos consumidores de informação que não possuem R$ 30 para gastar em apenas um CD. O único jeito é recorrer à pirataria cultural”.

O boom da pirataria moderna se deve - em grande - parte aos novos desenvolvimentos tecnológicos que permitem a cópia e reprodução infinita de um determinado produto. As novas tecnologias permitem que até mesmo o usuário comum realize de maneira simples, em um micro legal com um software legal, cópias de CDs, por exemplo.

“Estamos em um estágio onde fazer pirataria é comum, barato e, principalmente, é caseiro”, diz Diogo.

Já para a economista Iracema Rodriguez, o boom da pirataria brasileira se deve ao parâmetro de globalização econômica versus desigualdade social que o capitalismo se encontra.

“A pirataria cultural de hoje é uma resposta de um desejo de não centralização de poder nas mãos de um número cada vez menor de pessoas. Vivemos em um mundo que consome o tempo todo informação e cultura. A pirataria é uma forma de dizer não ao apartheid econômico que se instalou, e que impede muitos de terem acesso a essas expressões culturais”.

Atualmente, estima-se que as falsificações gerem, por ano, uma cifra em torno de US$ 450 bilhões no mundo, o equivalente a 9% de todo o comércio mundial. Somente no Brasil, segundo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a pirataria, o valor estimado da perde de arrecadação de impostos chega a R$ 10 bilhões por ano.

22.4.08

As várias faces do caso Isabella

por Fábio Santos

O caso Isabella tem tudo para se tornar um dos mais emblemáticos assuntos abordados pela mídia no Brasil. Logo chegaremos ao primeiro mês de cobertura e a todo instante nos deparamos com novos fatos, novas versões e mais debates.

A cada momento o assunto muda de ângulo e a mídia explora cada vírgula com exaustão. A mídia tem como dever informar sobre o assunto e traduzir os dados técnicos para os consumidores de informação, porém, apenas algumas empresas jornalísticas tentam fazer isso, já que a maioria explora a imagem da pobre menina morta.

É impressionante como programas de meio de tarde conseguem ficar horas a fio debruçados sobre um único tema: o caso Isabella.

Esta massificação provoca reações insanas em pessoas que não têm muito o que fazer da vida e ficam acampadas em frente a casa dos indiciados, colando cartazes e hostilizando o casal. É claro que a situação causa comoção em todos nós, mas a possibilidade de um julgamento precoce é sempre perigosa e, mesmo que a culpa seja atribuída aos dois, devemos deixar a justiça se encarregar do assunto.

No último domingo, a Rede Globo exibiu uma entrevista exclusiva com o casal Nardoni. Algumas emissoras esbravejaram pelo fato da emissora carioca ter sido escolhida pela família, mas o motivo da entrevista ter sido dada para a Globo é óbvio. Apesar de jogar insinuações ao telespectador, a Rede Globo foi uma das poucas que não usou de extremo sensacionalismo sobre a morte da menina Isabella.

Sobre a entrevista em si, confesso que fiquei chocado com tamanha calma e com as palavras utilizadas pelos dois. Se o casal for inocente, ficarei horrorizado com tamanha incompetência da polícia, porém, se forem realmente os culpados, perderei um pouco mais da confiança na raça humana, tamanho o cinismo que presenciei ao assistir tal entrevista. Cinismo dos acusados, dos advogados e do pai de Alexandre Nardoni, um dos responsáveis pelas estratégias de defesa do casal.

Por tais conflitos, acredito que este caso ainda vai perdurar por um bom tempo na mídia e vai marcar sim a história do jornalismo brasileiro do Século XXI e da cobertura jornalística mais pura, baseada em investigação, furo de reportagem e excelentes contatos.

Claro, sensacionalismo barato também...

Entrevista: André Felipe Czarnobai

Palavras de Cardoso
por Beatriz Caetana

Essa semana o Ton disse que estava sentindo falta dos meus textos no blog. Eu até cheguei a enviar um, mas estava ruim e pessoal demais. Portanto (adoro essa palavra) resolvi postar algo que me deu muito orgulho e trabalho de fazer. Uma das primeiras entrevista que fiz para o meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) sobre Jornalismo Gonzo.

O entrevistado foi André Felipe Czarnobai, o “Cardoso”, o jornalista mais pesquisado quando o assunto é Jornalismo Gonzo ou Gonzo Journalism, é só escolher. Para vocês que podem nunca ter ouvido falar sobre o tema, vou dar um simples resumo.

Jornalismo Gonzo é um estilo jornalístico, onde o repórter é a informação principal. A reportagem é sempre escrita em primeira pessoa, tendo como enfoque o sentimento obtido ao longo da matéria pelo repórter. Esse estilo totalmente subjetivo e “osmótico” foi criado e divulgado pelo meu já morto, amigo americano e fã de armas Hunter Thompson.

Eis agora a entrevista, que teve como contexto o porquê desse estilo ser pouco divulgado no Brasil, principalmente no meio acadêmico.

Blog Seu Brasil: Desde quando você começou a estudar o Jornalismo Gonzo?

André Felipe Czarnobai: A verdade é que, desde muito cedo, pratiquei o Gonzojornalismo – mas sem saber que existia um nome para aquilo que eu fazia. Fui tomar conhecimento da sua existência por volta de 99, e passeia a estudá-lo de uma forma mais consistente a partir de 2000.

BSB: Houve alguma mudança de quando você começou a fazer sua pesquisa até os dia de hoje, no meio do Jornalismo Gonzo? Se houve alguma evolução nas pesquisas?

Czarnobai: Provavelmente, não. É um gênero muito difícil de ser definido (muito nem sequer acreditam que seja um gênero, de fato) e muito pouco estudado ou praticado na mídia em geral. Nos Estados Unidos e Europa ele é pouco mais praticado, mas quase nunca é classificado sob esse rótulo, o que torna ainda mais difícil o seu estudo. No mais, o número de referências de qualidade na web é escasso, e os poucos praticantes, em geral, apresentam uma produção de péssima qualidade – salvo raríssimas exceções, é lógico.

BSB: Você teve algum empecilho quando fazia sua pesquisa?

Czarnobai: Muitos! Não existe muito matéria sobre o tema na web ou em livros. Além do mais, o objetivo da minha monografia era demonstrar que o gonzjornalismo era um GÊNERO jornalístico que merecia diferenciação do NEW JOURNALISMO. Mas para fazer isso, eu não podia recorrer a uma bibliografia acadêmica sobre o gonzo, porque isso simplesmente não existia. Então tive que montar toda uma argumentação a partir da comparação entre o New Journalismo e a trajetória profissional (e pessoal, já que no gonzo essas duas idéias se mesclam) de Hunter S. Thompson, o pai do estilo. Não foi nada fácil e, quase quatro anos depois, pelo que escuto de outros estudantes que pretendem concluir seus cursos com trabalhos sobre o gonzo, parece que a situação continua igual.

BSB: Você acredita que há uma falta de interesse do estudante de Jornalismo sobre essa linguagem ou é da imprensa de não divulga-la?

Czarnobai: Acho que o principal problema a falta de TALENTO. O maior erro do meu trabalho, na verdade, foi não ter falado, de uma forma mais clara,que o grande lance por trás do gonzo jornalismo não é a captação participativa ou o uso da ironia, das técnicas ficcionais e da primeira pessoas na redação. É o TALENTO de quem pratica. Não dá pra exigir que TODO jornalista seja um bom GONZO JORNALISTA. A grande verdade é que só se faz gonzo jornalismo com um escritor extremamente talentoso e, sobretudo, CARISMÁTICO. Sem isso, nada de importante pode ser produzido. No mais o interessante dos estudantes e os espaços na mídia existem, sim. Mas, como eu disse, ainda falta TALENTO. E isso simplesmente não se pode ensinar.

BSB: Você acha que o gonzo é pouco divulgado no Brasil? Qual seria a principal razão?

Czarnobai: O ensino de jornalismo no Brasil é muito, muito ruim. Até dois ou três anos atrás, a esmagadora maioria dos professores e jornalistas em atividade não tinha a MENOR idéia do que é o gonzo jornalismo. E não estamos falando de uma novidade, de uma última tendência em termos de comunicação. Estamos falando de um estilo com pelo menos 40 anos de idade.

BSB: O gonzo é uma linguagem diferente e interessante, porque no meio acadêmico essa linguagem é pouco pesquisada? Pois você é uma das poucas referências no meio do Gonzo (acadêmico).

É pouco pesquisada porque é pouco conhecida. Mas houve um crescimento absurdo no número de trabalhos que abordam o gonzo jornalismo nos últimos cinco anos. Hoje em dia existem pelo menos umas 15 a 20 monografias sobre o tema apresentados como trabalhos de conclusão de curso em universidades brasileiras. O que eu sinto falta, entretanto, é de estudantes se aventurando por esse campo. Claro que isso contradiz um pouco aquilo que eu falei sobre o TALENTO necessário para saber se é capaz de fazer uma coisa se tu não tentar. Eu não vejo NINGUÈM tentar, e isso me deixa com ainda MENOS esperanças para o futuro do jornalismo brasileiro.

BSB: Será que a cultura que nós vivemos, de um jornalismo sem muito diferencial onde o lead é certinho, as reportagens (dependendo da editoria), não oferecem uma abertura de linguagem diferencial, aonde já existe um costume jornalístico por de trás das matérias. Talvez não seja esse o problema para a não utilização do jornalismo gonzo? Pela cultura jornalística em que vivemos?

Czarnobai: Sim, é claro que a cultura jornalística vigente tem um papel muito importante. Os problemas estão justamente no paradigma da objetividade jornalística e na resistência que se tem de aceitar textos em primeira pessoa como “jornalístico” por se dizer. Outro problema é o fato do Brasil não ser um país de leitores. Havendo poucos leitores, existe menos ainda leitores CRÌTICOS, capazes de realmente entender as sutilezas de um estilo como o gonzo, que se equilibra perigosamente na fronteira entre o jornalístico e o literário. De qualquer forma, nos últimos anos, no meio de todo o boom dos reality shows, o próprio jornalismo precisou aprender a se reinventar como entretenimento, e técnicas mais participativas de captação vêm sendo cada vez mais usadas. Curiosamente, hoje em dia è na televisão e cinema que vemos as aplicações mais notáveis da ideologia do gonzojornalismo.

OBS: “Ninguém queria pegar minha banca porque ninguém tinha a menor idéia do que eu tava falando”

No hospital também se ensina

por Marcos Cuba

Devido à uma parceria entre as Secretarias de Estado da Educação e Saúde, alunos da rede estadual de ensino terão aulas mesmo em uma cama de hospital. Trata-se do projeto Classes Hospitalares, que já está em funcionamento. Este ano o número de atendimento será ampliado, com a finalidade de quejovens em tratamento tenham a oportunidade de estudar.

O projeto abrange apenas quatro hospitais da capital, com uma média de atendimento de 1,5 mil estudantes entre 6 e 17 anos. Ao todo, são 21 professores capacitados para lecionar às crianças que lutam contra doençar como o câncer, anemia, renais, hepáticas, respiratórias, psiquiátricas, infecto-contagiosas, cardíacas e traumáticas.

O foco do projeto é fazer com que estes alunos não percam o vínculo com o ensino e prepara-los para a reintegração no ambiente escolar. A secretária do Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, afirma que este é um trabalho importante, de continuidade à educação e de melhoria à saúde.

O interessante seria se este projeto ganhasse afluentes no interior, afinal aqui também têm muitos alunos que acabam se acidentando e ficando internados, alguns ficam impossibilitados de freqüentar a escola, assim como na capital. É louvável a iniciativa, já que a educação de nosso país está cada vez mais capenga.

21.4.08

Entrevista: Wilson da Costa Bueno

O Gestor da Informação
por Polyana Gonzaga


Para o jornalista e professor de comunicação social Wilson da Costa Bueno, o profissional de comunicação atuante dentro das organizações começa a adquirir um novo perfil, o de gestor da informação.


Segundo Bueno, na era da informação o profissional de comunicação organizacional deve ter novos atributos. “ O assessor de imprensa deve ter conhecimento de aspectos discutidos na sociedade e a empresa precisa ter um posicionamento sobre vários assuntos.”


Wilson da Costa Bueno é jornalista e professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UMESP e da Escola de Comunicação e Artes da USP, autor de vários livros na área de comunicação empresarial, entre outros. Atua há mais de vinte anos como assessor e consultor de empresas em Comunicação Empresarial.


Para Bueno, a figura do assessor de imprensa deve assumir novas posturas e descreve o perfil deste profissional e das perspectivas da área em uma sociedade impulsionada pelas novas tecnologias.

Blog Seu Brasil: O que muda dentro da empresa com as novas tecnologias ou com a falta dela? Qual o papel do assessor diante disso?

Wilson da Costa Bueno: Na verdade as organizações não estão ainda equipadas para essa realidade nova. Ainda estão muito lentas, muito pouco organizadas. Não é razoável que se tenha a possibilidade de organizar todas as informações e as organizações ainda não tenham preparado isso. É uma questão de cultura, de planejamento, de definições de prioridades. Pois a imprensa explora essas divergências e é preciso estar com as informações gerenciadas.

BSB: Hoje o assessor de imprensa também é chamado de gestor da informação. Que atributos deve ter este novo profissional?

Bueno: Primeiramente o assessor de imprensa precisa saber que as informações precisam ser organizadas, ele deve saber como organizar essas informações, tem que ter recurso para isso. Em uma organização como as informações não dependem somente do profissional de comunicação deveria existir um esforço para isso levando em conta quais aquelas que podem se tornar públicas ou não. Para que informação que interessa apenas a organização acabe vazando para a mídia. As empresas estão preocupadas com isso, porém elas não têm uma política de segurança de informação.

Hoje temos instrumentos para organizar a informação. É necessário ter conhecimento de aspectos discutidos na sociedade e a empresa precisa ter um posicionamento sobre vários assuntos, para que quando consultada tenha como responder com cautela e agilidade. A imprensa cobra isto e falta discutir isto dentro da corporação. Papel ocupado pelo assessor de imprensa. Isso exige organização de dados, informações, manter a coerência entre a direção da corporação durante uma possível consulta da imprensa. Na maioria das corporações ainda não existe uma cultura de organização dessas informações. O assessor de imprensa precisa ser informado sobre as ações da organização, seus planos, suas metas para que possa organizar a sua estratégia.

BSB: O perfil do assessor de imprensa mudou nas últimas décadas?

Bueno: Sim. As coisas estão caminhando para possíveis mudanças. Mas está um pouco mais lento do que deveria. O mercado cobra isso. O assessor continua fazendo um monte de tarefas e não consegue tempo para planejar. As pessoas têm pouco tempo para gerenciar a informação. Reconhecer que é importante e que a comunicação é estratégica. Mas isso ainda não tem acontecido. Hoje em dia é mais fácil liberar uma verba para um trabalho publicitário do que para organizar a imprensa.

BSB: Os empresários já reconhecem a comunicação como estratégica e vital dentro das organizações. Como o jornalista deve lidar com isso?

Bueno: É necessário ter uma cultura, uma estrutura e uma equipe para lidar com isso. É necessário se conhecer os públicos, se o assessor de imprensa conhece melhor o acionista, o cliente, o consumidor, a sociedade, evidentemente o seu contato com eles será melhor. Uma falha pode prejudicar os negócios, os objetivos que se querem atingir. Portanto não podem ser tratados com leviandade. Devem ser feitas mais profissionalmente e então se exige uma cultura nova, um novo posicionamento, um investimento, o perfil do profissional tem que mudar. Tem que ser uma pessoa capaz de gerenciamento.

É fundamental, por exemplo, que o assessor de imprensa leia jornal e saiba ler um jornal diferentemente do leitor comum, que ele esteja antenado no que acontece no mundo, principalmente no âmbito onde a organização que assessora é atuante.

Precisa entender o mercado, as oportunidades e precisa ter tempo para isso. Precisa ter uma percepção de mercado. Ele tem que ter tempo para isso, tem que ter capacitação para isso.

É necessário entender a imprensa, os tipos de imprensa, o jornalismo on-line, a televisão, o rádio, perceber que o jornal tem identidade própria. É necessário conhecer o jornalista, saber qual o posicionamento dele diante de algumas questões. Pois o fato de não conhecer o perfil do jornalista pode gerar uma informação contrária.

Se o assessor de imprensa não tem este tipo de inteligência estratégica vai sempre continuar fazendo um trabalho medíocre em um mundo mais complexo do que era antes.

BSB: Hoje existe uma necessidade dessa inteligência estratégica?

Bueno: Sim. Existe uma necessidade brutal disso. Isso significa que é preciso mudar a estrutura da área de comunicação. Saber realmente quais são os recursos disponíveis, organizar banco de dados, temos que ter essa inteligência de gerenciamento que já sabemos que se faz necessária. Porém não estamos formando gente para isso. Contratam assessores de imprensa que tem bons relacionamentos. O que não é ruim. O problema é que isso é pouco. Pois os relacionamentos vão embora e você não consegue ter bons relacionamentos em todo lugar.

Isso é muito pouco, pois é uma relação que a própria imprensa acaba rejeitando. Os relacionamentos têm que ser cada vez mais profissionais. E algumas organizações ainda acreditam apenas em bons relacionamentos. O que se deve destacar é que a organização não tem o controle da informação e nem nunca vai ter.

As mudanças foram muito aceleradas e algumas organizações não se deram conta disso ainda. O assessor de imprensa só pode tentar gerenciar melhor as informações se realmente fizer um trabalho transparente. Se o assessor circula apenas informação que interessa para ele e a organização pode perder o controle e a imprensa fazer leituras equivocadas. Não sabendo como agir em um possível acidente, alguém pode assumir isso na frente e não espelhar o que a organização realmente necessita.

* Wilson da Costa Bueno é professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UMESP, jornalista, tem mestrado e doutorado em Comunicação (USP) e especialização em Comunicação Rural e em Jornalismo Científico. As áreas principais de atuação são: Comunicação Empresarial, com foco específico em Auditoria de imagem das organizações e Jornalismo Especializado (Jornalismo Científico, Ambiental , em Saúde e em Agribusiness).