9.5.08

Eleitor quer renovação de Câmaras

por Hugo Luz

Pesquisa publicada pelo Jornal Valeparaibano deste domingo informa que a maior parte dos eleitores do Vale do Paraíba não pretendem votar nos vereadores que estão há quatro anos nas Câmaras Municipais. De acordo com o cientista político Marco Antonio Teixeira, da PUC, trata-se de uma tendência nacional. Essa é uma realidade que a cidade de Lorena já experimentou no último pleito: dos 17 vereadores, apenas dois foram reeleitos.

Eu creio, ao longo de uma experiência de três anos e meio dentro de uma Câmara Municipal, que o eleitor em geral ainda tem uma visão distorcida do papel do Legislador, que é visto como alguém que faz pequenos favores, doa jogos de camisa, botijão de gás, etc.

Outro fato que pode ter ajudado é uma perceptível mudança na forma de visão dos eleitores com relação aos políticos. Essa mudança tem seu carro chefe nas novas gerações, o que é comprovado por dados da mesma pesquisa, que indicam que a maior insatisfação é registrada entre os mais jovens: cerca de 42,9% das pessoas entre 16 e 18 anos afirmaram que se a eleição fosse hoje votariam em candidatos diferentes dos atuais vereadores. Na cidade de Jacareí esse número chega a 73,3%. Já em Taubaté, 27,3% dos jovens são favoráveis à renovação.

O próprio Jornal Valeparaibano tem sido um espelho de que a população está insatisfeita com a atual forma de se fazer política. Há mais de um mês as manchetes do jornal têm mostrado fatos como: “Prefeito de São José usa prédio público para fazer reuniões de campanha”, ou “Assessores trabalhavam em empresa de vereador durante expediente”, ou ainda “Vereador afirma que vai devolver 18 reais aos cofres públicos referentes a cópia que assessor teria dado à entidade”. São coisas que acontecem há anos em todas as esferas de Poder, mas que nunca ninguém falava nada. Acredito que uma grande mudança está por vir.

Em minha opinião, os resultados da pesquisa indicam tal mudança quando apontam que grande parte dos analfabetos reelegeria os vereadores que hoje possuem Cadeiras nas Câmaras. Essa parte da população ainda é bastante vulnerável àquela política de varejo que falamos anteriormente. Trata-se de um atraso, pois é claro que a Assistência Social (veja bem, não estamos falando de assistencialismo, e sim de Assistência) é de competência do Poder Executivo. Além disso, essas classes não têm acesso às informações, como as que falamos acima.

Embora enxergue como clara e inevitável a mudança na forma de visão das pessoas com relação aos políticos, acho interessante ressaltar o que pensa Sidney Kuntz, diretor-superintendente do Instituto Brasmarket, responsável pela pesquisa: “Essa insatisfação nem sempre se reflete nas urnas. Na maioria dos casos, porém, as pessoas podem até não gostar do trabalho do vereador, mas na última hora acabam votando nele porque conseguiram algum favor ou porque algum amigo pediu.” Bom, mas ainda preocupante.

8.5.08

Curso de Mídia Almap

por Fábio Santos

21 e 22 de junho
(reservas até dia 23 de maio)

Tipo do Curso:

Curso ministrado pelos profissionais de mídia da Almap/BBDO, abrangendo tudo o que um profissional precisa saber para atuar no mercado de mídia. Dirigido a publicitários, estudantes de comunicação e marketing, profissionais de veículos e anunciantes.


Instrutores

Eugênio Voltarelli Neto:


Atualmente supervisor de Pesquisa de Mídia Almap BBDO. Principais Clientes: Volkswagen, Claro, Embratel, Havaianas, Mizuno, Bayer, Antártica, Bauducco, O Boticário, Gol Linhas Aéreas, Pepsi, Elma Chips e Carrefour.


Atuou na Carillo Pastore Euro RSCG atendendo Embratel, Intel, Lu Danone, Reckitt Benckiser, Peugeot e Citroen. Leo Burnett como Assistente de Pesquisa de Mídia. IG – Internet Group como Analista de Mídia.


Marcelo Aquilino:


Atualmente supervisor de Pesquisa de Mídia
Almap BBDO. Principais Clientes: Volkswagen, Claro, Embratel, Havaianas, Mizuno, Bayer, Antártica, Bauducco, O Boticário, Gol Linhas Aéreas, Pepsi, Elma Chips e Carrefour.

Atuou no Ibope Mídia Responsável pelos softwares de audiência (Família Telereport, Família Planview, EasyMedia3 e RadioPlanning) visando estudar o mercado e promover melhorias, além de descobrir novas oportunidades para esses produtos. Elaboração da estratégia, desenvolvimento e prática do MediaClass, projeto que visa a capacitação do mercado nos softwares comercializados pelo IBOPE.


Módulos

INTERAÇÃO

PANORAMA DA MÍDIA

Histórico da Mídia Brasileira

Áreas de atuação de um profissional de Mídia

Como funciona a área de Mídia em uma agência

PESQUISA DE MÍDIA

Objetivos e Funções da área

Os Institutos de Pesquisa

Conceitos Básicos de Mídia


TV


Como se mede a audiência
Softwares Ibope
Emissoras/Custos/Coberturas


PAY TV

Metodologia Ibope

Softwares Ibope

Emissoras/Custos/Coberturas

PayTv Survey e Mídia Fatos


RÁDIO

Metodologia Ibope
Softwares Ibope

Emissoras/Custos/Cobertura

REVISTA / JORNAL

Metodologia Ipsos Marplan

Softwares Marplan

Revistas/Custos/Coberturas

Jornais/Custos/Coberturas
Circulação IVC

INTERNET

Metodologia Ibope

Conceitos específicos

Software Ibope

Portais/Custos/Coberturas


OUTROS (monitor/tgi/galileo/jove)

Monitor

TGI

Galileo

Jove

PLANEJAMENTO DE MÍDIA

Objetivos e Funções da área

O Sistema de Mídia

Objetivo

Estratégia

Tática

Processo de Reserva e Compra

MÍDIA ALTERNATIVA

O FUTURO DA MÍDIA

Carga Horária

2 dias, totalizando 12 horas.

Turmas

Máximo de 35 participantes.

Valor do investimento

R$ 248,00 (2x R$ 124,00)

Local: Lorena
Informações:
Prof. Fabio Corniani
fabio@frcc.com.br
(12) 9123-3894

Patifaria na Câmara de Vereadores de Pinda

por Marcos Cuba

Bom dia caros leitores. Venho retratar um assunto que está me causando algumas incompreensões e mudando o cenário da Câmara de Vereadores de Pindamonhangaba, cidade onde resido.

A imprensa já divulgou para todos que os candidatos que trocaram de partidos podem perder o cargo. Isto acontece somente se o partido que este fulano pertencia requisitar a sua vaga perante o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), do contrário, ele continuará ganhando mais de R$ 4 mil por mês e fazendo as visitas em bairros e as campanhas.

Nesta cidade, vários vereadores trocaram de partidos, só que um deles parece que deu azar, porque o PT reivindicou a vaga e conseguiu. Aí então o conhecido FC (Felipe César) teria que sair da Câmara e dar lugar a Case, o Carlinhos do PT.

Isto aconteceu, só que o presidente da Câmara, que é do PSDB, questionou a pose de Carlinhos e atrasou este momento. FC entrou com recurso e conseguiu retorno à Câmara, mas pouco tempo depois o Carlinhos conseguiu uma nova liminar e assumiu como vereador de Pindamonhangaba.

Gente, que “Patifaria” é essa? O que está acontecendo numa cidade que há tanto tempo era pacata neste cenário? É preciso que nossos eleitores saibam as quantas anda a Câmara de Vereadores de Pindamonhangaba. Isto é para causar indignação.

5.5.08

Essa tal liberdade

por Janaina Cortez

No dia 3 de maio comemoramos o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, mas será que nós jornalistas somos realmente livres?

Esse dia também é usado para recordar os milhares de jornalistas que perderam a vida em missão, em plena busca de informação, em busca da pura verdade.

Dois períodos históricos vieram-me à mente quando sentei para pensar um pouco sobre esta data e o que ela representa atualmente. O primeiro é mais remoto. Trata-se do Século das Luzes (século XVIII), na Europa e EUA.

O segundo é mais próximo, tanto no tempo, quanto no espaço. Falo das ditaduras militares da segunda metade do século XX, no Brasil

O efeito mais direto dos iluministas foi a inversão da ordem social estabelecida com os princípios herdados da era Medieval. Mas, um outro efeito, mais profundo e imperceptível, se processava nos porões do pensamento. Uma transformação radical alterava a posição que o ser humano ocupava dentro da natureza e da sociedade, foram instituídos os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade entre os povos.

“Posso discordar do que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.” Esta frase, de Voltaire, ilustra um grande anseio de liberdade de pensamento e de comunicação.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é fruto do Século das Luzes. Reza o artigo 19 desse documento: “Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.”

Bem, quase dois séculos depois, na América Latina, “o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões” virou uma grande utopia. As informações eram violentamente censuradas pelo regime, por meio de torturas físicas e psicológicas, exílios, assassinatos e atentados, ou mesmo a cassação dos direitos políticos de centenas de jornalistas.

O caso mais expressivo talvez tenha sido o do jornalista Vladimir Herzog, enforcado em sua cela na sede do comando do II Exército, em São Paulo, no dia 25 de outubro de 1975.

Enquanto a classe média da sociedade brasileira assistia extasiada, pela TV em cores, ao jogo da final Brasil 4 X 1 Itália, da copa de 1970, no México, nos calabouços do regime existiam homens sendo mortos friamente.

Após o movimento das “Diretas Já” (1984), reinicia-se um processo de redemocratização política no Brasil. A partir de então, novos ares começaram a pairar sobre os meios de comunicação.

Mas, calma, as coisas não melhoraram da noite para o dia; e nem estão completamente sanadas. Acredito que produzir memória (crítica ou narrativa) é uma ação de responsabilidade social.

A “Liberdade de Imprensa” que eu, como jornalista, desejo, é uma construção cotidiana interminável e incansável. Acredito que a liberdade de imprensa é indissociável de responsabilidade social.

Nós, jornalistas do Blog Seu Brasil, fazemos nosso trabalho por que acreditamos (por mais difícil que seja) na possibilidade de construirmos um espaço de convivência social mais justo, menos violento, mais fraterno e mais igualitário.

Os espaços que reservamos para nossos leitores fazerem seus comentários é um lugar democrático, no qual depositamos o desejo de vermos discussões e debates que contribuam para a consolidação do regime democrático em nossa sociedade.

O jornalista não pode se limitar a informar sobre as mudanças ocorridas, mas deve ser também, ele próprio, um agente de mudança. Eu estou fazendo minha parte, e você?

Parabéns pelo Dia Mundial da Liberdade de Imprensa!